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Universitária é presa acusada de envenenar quatro pessoas e é chamada de “serial killer” pela Promotoria

Ana Paula Veloso Fernandes, de 35 anos, foi presa preventivamente e responde na Justiça pela morte de quatro vítimas; irmã gêmea e cúmplice também estão detidas. 

A estudante de Direito Ana Paula Veloso Fernandes, de 35 anos, foi presa preventivamente e se tornou ré na Justiça sob a acusação de matar quatro pessoas envenenadas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. O caso, que chocou o país, é tratado pelo Ministério Público (MP) como a atuação de uma assassina em série.

De acordo com as investigações, os crimes ocorreram entre janeiro e maio deste ano. As vítimas seriam Marcelo Hari Fonseca e Maria Aparecida Rodrigues, em Guarulhos (SP); Neil Corrêa da Silva, em Duque de Caxias (RJ); e o tunisiano Hayder Mhazres, namorado da acusada, em São Paulo. Em todos os casos, a suspeita é de envenenamento.

26 de abril: Neil Corrêa da Silva, vítima de envenenamento na Baixada Fluminense — Foto: Reprodução

31 de janeiro: Marcelo Hari Fonseca foi assassinado por Ana Paula, segundo a denúncia da Promotoria — Foto: Reprodução

11 de abril: Maria Aparecida Rodrigues foi morta por Ana Paula, de acordo com o MP — Foto: Reprodução

23 de maio: Hayder Mhazres era da Tunísia e tinha 21 anos. Segundo a polícia, ele foi morto por Ana Paula — Foto: Reprodução

As análises toxicológicas ainda estão em andamento, e ao menos três corpos devem ser exumados para confirmação da substância utilizada. A Promotoria afirma que Ana Paula se aproximava das vítimas fingindo amizade ou relacionamentos amorosos, sempre com o objetivo de obter vantagens financeiras ou patrimoniais.

Além de Ana Paula, estão presas a irmã gêmea dela, Roberta Cristina Veloso Fernandes, e Michelle Paiva da Silva, de 43 anos, filha de uma das vítimas. Segundo o MP, Michelle teria pago R$ 4 mil para que a universitária matasse o próprio pai, o aposentado Neil Corrêa, que morreu após comer uma feijoada contaminada.

As autoridades também descobriram trocas de mensagens entre Ana Paula e Roberta nas quais usavam o código “TCC” — que, em vez de significar “Trabalho de Conclusão de Curso”, referia-se ao pagamento combinado pelo crime.

O caso começou a ser desvendado em julho, quando Ana Paula foi detida pela primeira vez por tentar envenenar colegas da faculdade com um bolo. A estudante alegou que queria incriminar a esposa de um policial militar com quem mantinha um relacionamento. A partir dessa investigação, surgiram os indícios que a ligaram às quatro mortes anteriores.

Para os promotores Rodrigo Merli Antunes e Vania Cáceres Stefanoni, responsáveis pela denúncia, “Ana Paula é uma verdadeira serial killer”. Eles defenderam a prisão preventiva alegando risco à sociedade e impossibilidade de medidas alternativas.

Atualmente, Ana Paula está detida em uma unidade prisional de São Paulo. As investigações seguem em andamento para esclarecer todos os detalhes dos crimes e identificar possíveis novas vítimas.

Fonte: g1 SP — São Paulo

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