Galvão critica Ancelotti e aponta falhas de Fabrício Bruno na Seleção
Brasil abriu 2 a 0, mas cedeu a virada e perdeu por 3 a 2 em amistoso no Japão
A Seleção Brasileira sofreu uma derrota surpreendente para o Japão por 3 a 2, nesta terça-feira (14), no estádio Ajinomoto, em Tóquio, e o narrador Galvão Bueno não poupou críticas. Em suas declarações, o veterano apontou que o técnico Carlo Ancelotti teve parcela de culpa no revés e destacou erros individuais que pesaram no resultado.
“Na defesa, ele podia mexer quem quisesse. Goleiro, laterais, zagueiros… tudo bem. Mas do meio para frente, tinha que começar com Casemiro, Bruno Guimarães, Matheus Cunha, Estêvão e Vini Jr., que deram um show. Não se muda um time inteiro para fazer um teste”, disparou Galvão.
O narrador ainda comparou a postura de Ancelotti à decisão de Tite na Copa do Mundo de 2022, quando o treinador promoveu alterações drásticas contra Camarões — partida que terminou em derrota e ficou marcada como um dos tropeços mais criticados da era Tite.
“Entra com o que tem de melhor”, aconselha Galvão
Galvão fez questão de deixar um recado direto ao comandante italiano, alertando sobre os próximos desafios da Seleção Brasileira antes da Copa do Mundo de 2026.
“Ancelotti, entra com o que você tem de melhor, e aos poucos faz seus testes. Tenho a sensação de que hoje você aprendeu uma lição”, afirmou o veterano jornalista.
Erros individuais também pesaram na virada japonesa
Além das críticas à estratégia, Galvão destacou os erros individuais que contribuíram para o revés. Logo aos seis minutos do segundo tempo, Fabrício Bruno, do Cruzeiro, perdeu a bola para Minamino, que abriu o placar para o Japão. Pouco depois, o zagueiro acabou marcando contra, empatando o duelo.
“Deu um azar danado. Pobre do Fabrício Bruno, que está tão bem no Cruzeiro. Escorregou na saída de bola e entregou o primeiro gol. No segundo, tentou cortar e acabou mandando contra a própria rede”, lamentou.
Falha de Hugo Souza selou o resultado
O terceiro gol japonês veio após falha do goleiro Hugo Souza, que, segundo Galvão, sentiu o peso do erro e quase se complicou novamente em outro lance.
“No terceiro gol, falha do nosso goleiro Hugo. Ele sentiu tanto que quase falhou de novo logo depois”, comentou o narrador, visivelmente decepcionado com o desempenho da equipe.
Crítica com tom de esperança
Mesmo com o tom severo das críticas, Galvão deixou claro que acredita no potencial da Seleção sob o comando de Ancelotti — desde que o técnico encontre o equilíbrio entre testes e entrosamento.
A derrota para o Japão serviu como alerta, e o recado foi dado: a camisa amarelinha cobra rendimento e respeito à tradição.

