Cratera gigante se abre no Centro de Maringá e assusta moradores: avenida segue interditada
Rompimento de tubulação provoca abertura de seis metros de profundidade
Uma cratera impressionante, com cerca de seis metros de profundidade, se abriu na manhã desta segunda-feira (13) na Avenida São Paulo, uma das vias mais movimentadas do Centro de Maringá, no norte do Paraná.
De acordo com a Prefeitura Municipal, o incidente foi causado pelo rompimento de uma tubulação subterrânea, agravado pelas fortes chuvas que atingem a cidade desde o fim de semana.
Segundo dados do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), o volume de chuva registrado apenas nesta segunda-feira ultrapassou 30 milímetros, o que teria contribuído para o colapso da estrutura.
Defesa Civil e Bombeiros interditam área
O trecho afetado — no cruzamento com a Avenida Tamandaré — foi totalmente interditado pela Defesa Civil e pelo Corpo de Bombeiros.
A pista direita da Avenida São Paulo permanece bloqueada, enquanto a pista esquerda opera em meia faixa. O local está sinalizado, e o tráfego foi desviado para ruas paralelas.
Autoridades municipais afirmam que a estrutura ainda oferece risco de novos desabamentos e que não há previsão para liberação completa da via.
“É um caso grave. A tubulação rompeu em mais de um ponto, e a chuva constante dificulta o trabalho de contenção”, explicou o secretário de Infraestrutura e coordenador da Defesa Civil, Vagner Mussio.
Câmeras registraram o momento em que o solo cedeu
Imagens de câmeras de segurança de uma loja próxima mostram o momento em que o asfalto começou a ceder, por volta das 8h40 da manhã.
No vídeo, uma mancha escura surge no canteiro central e aumenta rapidamente logo após a passagem de um ônibus, revelando o abismo que se abriu em segundos.
Testemunhas relataram que pedestres e motoristas correram para não serem engolidos pela cratera.
Felizmente, ninguém ficou ferido.
Chuvas agravaram desgaste de tubulação antiga
De acordo com a Defesa Civil, o rompimento das galerias pluviais pode ter sido provocado por vazamentos antigos somados ao acúmulo de água da chuva.
O secretário Vagner Mussio afirmou que duas galerias se romperam no ponto crítico da via.
“Estamos com equipes e maquinários no local para fazer a contenção emergencial e preencher o buraco com brita, evitando que a cratera aumente. A prioridade é restabelecer o fluxo da água pelas tubulações e impedir novos desmoronamentos”, completou Mussio.
Reparo deve levar até 12 dias, diz prefeitura
O secretário de Obras, Arthur Tunes, informou que os reparos só poderão ser iniciados após o fim das chuvas, o que deve atrasar o cronograma de recuperação da via.
“Assim que o tempo firmar, vamos limpar a área e avaliar a extensão real do dano. A princípio, parece um problema localizado. Com tempo bom, estimamos entre 10 a 12 dias de trabalho para concluir o reparo”, explicou.
Enquanto isso, o bloqueio será mantido para evitar que vibrações de veículos agravem o desmoronamento.
Risco monitorado e alerta à população
A prefeitura reforçou que técnicos da Secretaria de Obras, da Defesa Civil e do Saneamento Ambiental seguem monitorando a área 24 horas por dia.
A recomendação é que motoristas evitem transitar pela Avenida São Paulo e arredores até a conclusão dos trabalhos de estabilização.
Impacto urbano e alerta preventivo
O incidente serve de alerta para o envelhecimento das redes subterrâneas da cidade, especialmente em períodos de chuvas intensas.
Moradores e comerciantes da região relataram preocupação com novas ocorrências e cobram vistorias preventivas em outras áreas do centro.


