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Após 130 mortes, governador Cláudio Castro chama megaoperação no Rio de “sucesso”

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), classificou como “um sucesso” a megaoperação policial realizada nos complexos da Penha e do Alemão, que resultou em mais de 130 mortes entre terça (28) e quarta-feira (29). A declaração foi dada após reunião com autoridades de segurança, onde o governador parabenizou as forças envolvidas e reafirmou a legitimidade da ação.

Segundo o governo estadual, foram confirmadas oficialmente 58 mortes — sendo quatro policiais e 54 suspeitos de envolvimento com o crime organizado. No entanto, relatos de moradores e de órgãos independentes apontam para mais de 130 corpos recolhidos, muitos deles levados por familiares e deixados em pontos da comunidade.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) – Foto: Reprodução.

Castro afirmou que “de vítimas, lá só tivemos os policiais” e justificou a conclusão de que os demais mortos seriam criminosos pelo fato de os confrontos terem ocorrido “em áreas de mata”. Ele declarou: “Não acredito que havia alguém passeando em área de mata em um dia de operação”.

A diferença entre o número de mortos divulgado inicialmente — 64 — e o balanço atualizado, não foi explicada. O governador disse que a contagem oficial é feita apenas após a entrada dos corpos no Instituto Médico-Legal (IML), afirmando que “não se pode transformar o caso em uma guerra de números”.

Durante o discurso, Castro também voltou a criticar a falta de apoio do governo federal nas operações de segurança e enviou um recado direto aos críticos: “Ou soma no combate à criminalidade ou suma!”. O governador defendeu a integração entre estados e União, destacando que o Rio estaria “na linha de frente da guerra contra o estado paralelo”.

Castro declarou ainda que a ação pode marcar “o início de um novo processo de enfrentamento ao crime no país” e agradeceu o apoio de outros governadores. “Podemos vencer batalhas, mas sozinhos não venceremos a guerra. A segurança pública é o maior problema do Brasil hoje”, concluiu.

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