Medicamento inovador desenvolvido no Brasil devolve movimentos a pacientes com paralisia
Tratamento experimental usa proteína da placenta para regenerar neurônios e já mostra resultados surpreendentes em testes conduzidos pela UFRJ.
A esperança que renasce da ciência brasileira
Um tratamento inédito, desenvolvido no Brasil, pode mudar para sempre a vida de milhões de pessoas com paralisia causada por lesões na medula espinhal. Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) estão testando um medicamento à base da polilaminina, proteína extraída da placenta humana capaz de estimular a regeneração de neurônios danificados.
Dos laboratórios à vida real
A pesquisa já conta com oito pacientes em acompanhamento. Entre eles está Bruno, que ficou tetraplégico após um grave acidente de carro.
Em um procedimento experimental, Bruno recebeu uma injeção de polilaminina diretamente na coluna 24 horas após o trauma. O resultado foi surpreendente: sete anos depois, ele recuperou a independência e voltou a andar.
O poder da polilaminina
De acordo com os pesquisadores, a proteína atua como um “andaime biológico”, permitindo que os neurônios lesionados se reconectem e recuperem parte de suas funções. A proposta é revolucionária, já que até hoje não existe cura ou tratamento eficaz que reverta sequelas graves de lesões medulares.
Impacto global em vista
A equipe da UFRJ acredita que, se os resultados forem confirmados em larga escala, o Brasil poderá estar diante de um dos avanços médicos mais significativos das últimas décadas. Além de restaurar movimentos, a terapia abre caminho para tratar sequelas de acidentes, quedas e até complicações decorrentes de doenças neurológicas.
O futuro da pesquisa
O tratamento segue em fase experimental, exigindo novos testes clínicos para comprovar sua eficácia e segurança em maior número de pacientes. Mesmo assim, a descoberta já desperta o interesse da comunidade científica internacional e pode colocar o país na vanguarda mundial da medicina regenerativa.