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Antônio Lopes faz ressalva a Ancelotti na Seleção e pede Neymar na Copa: “Ainda tem jeito”

Pentacampeão em 2002 critica Ancelotti, pede Neymar na Copa de 2026 e relembra bastidores do título mundial

Pentacampeão com a Seleção Brasileira em 2002, como coordenador técnico de Luiz Felipe Scolari, Antônio Lopes voltou a ser voz ativa no debate sobre o futuro do futebol brasileiro. Em entrevista exclusiva, o “Delegado” avaliou o atual momento do time, questionou a escolha do italiano Carlo Ancelotti como comandante da equipe e reforçou a defesa pela convocação de Neymar para a Copa do Mundo de 2026.


“Brasil precisa de treinador brasileiro”

Lopes não poupou críticas à decisão da CBF em apostar em um nome estrangeiro para o cargo.

“A Seleção não está no patamar que poderia estar. Eu acho que deveria ter outro treinador. Nada contra o Ancelotti, mas sempre digo: o Brasil foi pentacampeão do mundo com cinco treinadores brasileiros”, disparou.

Apesar do início invicto do italiano — com uma vitória e um empate em dois jogos —, o ex-coordenador técnico afirma não enxergar empolgação no trabalho. Ele ainda sugeriu nomes nacionais para o comando.

“Temos bons profissionais no Brasil. Apostaria no Filipe Luís, gosto muito dele. Outro seria o Renato Gaúcho, que tem bagagem como treinador e como jogador. Fico preocupado, porque o Ancelotti nunca foi técnico da Seleção de seu país. Não espero muita coisa, mas vamos torcer para o Brasil chegar lá.”


Convocação de Neymar: “Ele tem que ir”

Já garantido na Copa do Mundo de 2026, o Brasil encara o Chile nesta quinta-feira (5), no Maracanã, pelas Eliminatórias. E Lopes aproveitou para deixar um recado claro: Neymar precisa estar no Mundial.

“O Brasil tem jogadores de qualidade para formar uma equipe campeã. E eu convocaria o Neymar. Ele bem, sem lesão, tem que estar na Copa, com certeza. Ele ainda pode render.”


Bastidores do Penta: a aposta em Kléberson

Na memória de Antônio Lopes, um episódio especial do ciclo de 2002 reforça sua importância nos bastidores. Foi dele a indicação para que Felipão convocasse o então jovem volante Kléberson, destaque do Athletico.

“Eu o conhecia muito bem. Quando falei com o Felipe, ele disse: ‘Mas esse Kléberson, nunca ouvi falar’. Eu insisti: ‘Pode convocar’. E deu certo. Ele encantou todo mundo na Seleção e foi campeão.”

Kléberson tinha apenas 22 anos e se tornou peça-chave na conquista do penta, sendo lembrado até hoje como ídolo do Furacão.


Ligação com o futebol paranaense

Com passagens marcantes por Paraná Clube, Coritiba e Athletico, Lopes carrega forte ligação com o futebol do estado. Foi campeão estadual por diferentes clubes e viveu o vice da Libertadores de 2005 com o Furacão — seu último trabalho como técnico foi justamente no rubro-negro em 2011.

Hoje, ele confessa tristeza ao ver a situação atual do Athletico, mas acredita na recuperação.

“Fico triste porque é um time que torço muito e ajudei a ter sucesso. Mas é um clube grande e vai se reerguer. Tenho certeza de que vai voltar para o lugar onde merece estar.”


  Antônio Lopes segue como voz de autoridade quando o assunto é Seleção Brasileira. Crítico, apaixonado e fiel às suas convicções, o “Delegado” reforça: o Brasil só voltará ao topo do mundo se apostar em seus próprios talentos — dentro e fora de campo.

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