Tensão máxima: navios de guerra dos EUA rumam para o litoral da Venezuela
Em uma movimentação que reacende tensões no continente, os Estados Unidos estão enviando três navios de guerra para a costa da Venezuela. A operação, que deve se consolidar nas próximas 36 horas, envolve cerca de 4 mil militares entre marinheiros e fuzileiros navais, além de recursos estratégicos de inteligência.
O alvo: cartéis de drogas da América Latina
Segundo fontes ligadas ao governo norte-americano, o envio das embarcações faz parte de uma ofensiva contra organizações criminosas transnacionais que atuam no tráfico de drogas na região. Entre os grupos mirados estão o poderoso Cartel de Sinaloa, do México, e o Tren de Aragua, da Venezuela, já classificados pelos EUA como “organizações terroristas globais”.
Os navios e o efetivo mobilizado
As embarcações destacadas para a missão são os destróieres USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson, todos equipados com sistema de mísseis guiados “U.S. Aegis”.
Além disso, a operação contará com:
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Submarino de ataque nuclear;
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Aviões espiões P-8 para vigilância aérea;
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Apoio de navios de guerra adicionais.
O plano, segundo um oficial ouvido pela imprensa internacional, é que a força atue em águas e espaço aéreo internacionais por um período de meses, realizando operações de inteligência, monitoramento e, se necessário, ataques de precisão.
Maduro reage e promete resistência
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, não mencionou diretamente a chegada dos navios, mas em discurso nesta segunda-feira (18) disparou contra os EUA, classificando-os como um “império em declínio” e prometendo defender “os mares, os céus e a terra da Venezuela” diante do que chamou de ameaça estrangeira.
Trump intensifica a guerra contra os cartéis
A movimentação é parte da política de linha dura do então presidente Donald Trump, que fez da repressão aos cartéis de drogas um de seus pilares de governo, associando o combate ao tráfico com o endurecimento das medidas migratórias na fronteira sul dos Estados Unidos.
Nos últimos meses, a gestão Trump já havia deslocado navios de guerra para a região como reforço na segurança fronteiriça e no bloqueio ao narcotráfico.
Contexto geopolítico
O envio dessa frota reforça o papel estratégico do Caribe no tabuleiro internacional e pode elevar ainda mais a tensão diplomática entre Washington e Caracas. Analistas apontam que, além da luta contra o tráfico, a operação também envia um recado político direto ao regime de Maduro, cada vez mais isolado internacionalmente.
Fonte: CNN Brasil.